Ruslan Zalivan 123RF
Ele chega sem aviso. Ao se instalar, vemos tudo em cor pastel. Nada é interessante. Busca-se por algo que não se sabe bem o quê. Tenta-se uma coisa, se tenta a segunda e parece uma boca faminta de monstro que nunca se satisfaz. É ele, o tédio.
Nem sempre sabemos o porquê de sua existência. Podemos estar na nossa sempre faceira rotina e ele faz uma visita. Talvez justamente por causa da rotina. A necessidade de mudar, de balançar vem em forma de chateação.
Às vezes uma atividade o quebra, você vai ao cinema, lê um livro, sai com uma amiga, vai ao super, fala ao telefone, passeia com o cachorro, enfim, faz alguma coisa, mexe o corpinho e o tédio vai embora.
Porém, de vez em quando, nada que se faz é suficiente. O teimoso permanece ali até que ele faça o que tem de fazer. Quem sabe você precisa dar uma guinada, quem sabe uma manobrinha na relação ou no trabalho, ou ainda uma alteração na forma de ver a vida.
Assim que o fastio cumpre seu dever, se vai, e logo é esquecido. Ele surge para nos mostrar o quanto não podemos nos acomodar para ver a cor que a vida tem. A gente paga um preço ... sentir tédio é muito chato, mas quando ele vai embora é tudo de bom.
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