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Uma amiga me disse, semana passada, esta linda frase do escritor moçambicano Mia Couto: “Não importa a casa que moramos, mas a casa que mora em nós”. Achei-a bonita por focar a importância à casa interna que temos.
Claro que é significativa a materialidade da casa, como os móveis são, sua disposição, enfim, como a casa é desenhada no momento em que a montamos e passamos a viver sob ela. Porém, ainda mais é a casa que carregamos conosco.
A ideia de lar, de conforto e aconchego que atribuímos a nossa casa pode ser reproduzida por onde perambularmos. Se você, por algum motivo, permanecer muito tempo longe de casa, são estes elementos que farão toda a diferença.
O sentimento de casa, em que as noções de proteção e de segurança reinam, está em nós. Obviamente que há toda uma construção por trás, de como vivemos na infância, como era a nossa família etc. Mas o que enfatizo aqui é que não está no sofá de cinco mil reais nem na cobertura de Ipanema o sentimento “carinhoso” de casa. Ele está em nós e em nenhum outro lugar.
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