Ionut Dan Popescu 123RF
O livro “1984”, de George Orwell, tem como personagem principal o Big Brother, que seria o olho que vigiava tudo e todos. Qualquer atividade realizada nessa sociedade criada por Orwell era testemunhada pelo Big Brother, que seria o nome que simbolizava as autoridades e seu grande ditador.
Assim, foi inspirado o reality show Big Brother, onde as pessoas confinadas em uma casa são vigiadas 24 horas por câmeras de televisão, como já sabemos há dez anos, desde a estreia do formato brasileiro.
Hoje inicia mais uma edição do Big Brother Brasil. Cada ano a produção tenta se reinventar, criar novas regras, enfim, tentar dar cara de novo a um programa já conhecido.
A crítica que faço é não haver nada de construtivo nisso. É ócio dia após dia. Eles nadam, fazem musculação, cozinham, participam de festas, limpam a casa, dormem e nada mais. Há provas de comida, as de líder e anjo, que parecem testes de gincana.
Acharia mais interessante se tivesse alguma atividade que mobilizasse talentos produtivos. Não apenas o talento social, de viver em comunidade. Exemplifico citando, entre tantos que há, o Top Design, da Sony.
Neste programa, um número “x” de designs convivem para realizarem tarefas de arquitetura e de decoração, ora individualmente ora em grupos. Ao vermos tal atração, os desafetos vão para o segundo plano. O que importa são as criações produzidas pelo elenco participante em cada episódio.
O telespectador não busca o “barraco” e sim observar os talentos de cada um frente a desafios arquitetônicos. Sai de cena a futilidade máxima para um exercício da criatividade e da capacidade profissional. Não que esteja fora do plano fútil, mas não é tomado por ele.
A mídia nos polui com tantas chamadas do programa que vez e outra somos capturados pelo Big Brother, mas não deixemos nossa postura crítica se aquietar e quem sabe, trocar de canal.
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