quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A Onda




O filme “A Onda”, cujo diretor é Dennis Gansel, é baseado em uma história real, ocorrida em uma escola da Califórnia (EUA) em 1967. A história do filme se passa, contudo, em uma escola alemã.

Um professor de ensino médio tem a responsabilidade de ensinar autocracia para seus alunos. Autocracia é uma palavra que deriva do grego e significa governo por si próprio, ou seja, o poder nas mãos de um só, este sendo capaz de passar por cima de instituições e de leis. Numa palavra: o chefe supremo tudo pode.

O professor, a partir de debate em sala de aula, resolve fazer uma experiência pedagógica: o grupo irá formar o que se denominará posteriormente de “a onda”. O que seria um evento escolar, passa a ter um significado muito maior.

O resto não conto para não perder a graça para quem não viu. O filme, em minha opinião, é interessante pela história e também para observarmos como pode um grupo ser formado, com um líder altamente idealizado pelos seus seguidores, e estes deslocando para “a onda” suas frustrações e suas fragilidades.

É sabida a força que um grupo tem ao ser assim definido. Dependendo da ideologia presente e das características pessoais de cada componente, um grupo pode ser mais doente que outros. Assim, a intolerância, o ódio, a perda da autonomia e de uma postura crítica de cada pessoa que forma um grupo classificado como insano, são mostrados no filme. Ficamos espantados em assistir a cegueira com que estes jovens experimentaram um comportamento extremista, motivado muito em função da dificuldade de enfrentarem seus dilemas existenciais. A cegueira do grupo acaba sendo uma “proteção”, um “refúgio” contra o enfrentamento cotidiano das dificuldades de se viver.

Um comentário:

  1. Li querida! Esse fdsemana vi "A onda". Gostamos muito, eu e Rafa. Gosto desses filmes que conseguem mostrar de forma bem... didática, digamos, como é possível as coisas que consideramos improváveis acontecerem... o fato de ter sido ambientado na Alemanha dá um toque especial. Beijinhos!

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