sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Antiquários


bedolaga 123RF


Alguns dias atrás visitei um antiquário. Foi uma experiência interessante, uma viagem no tempo pelo sentido da visão. Móveis antigos e padrões que marcaram épocas.

Cômodas, cristaleiras, armários, cadeiras, mesas que não apenas testemunharam o passado e vidas que não existem mais. Os desenhos das peças de mobílias não possuem relação somente com a arquitetura e decoração, mas também com os modos de vida.

Louças minuciosamente desenhadas, adornos, garrafas de licores, trincos, copos, cálices, enfim, objetos de uma época ganham destaque em lugares como os antiquários. Se eles ainda têm poeira ou algum defeitinho de uso se tornam ainda mais charmosos por mostrarem com clareza o tempo de vida que têm.

Diferentemente de briques, os antiquários são fascinantes. Os primeiros podem ser bastante úteis e até conter utensílios interessantes. Todavia são os segundos que têm em si a marca da passagem do tempo não como velharia ou sucata, mas como tesouros.

Tesouros que não sabemos a quem pertenceram, não têm nomes, nem ruas, nem a indicação das casas de onde aqueles objetos viveram. Apenas eles e suas misteriosas histórias. Sabem guardar os segredos de quem os escolheram para si e para o seu lar.

E, assim, a partir dos antiquários, o passado se renova. É reciclado para conviver com o presente e seguir no futuro. Ao ir para um novo lugar, a velha peça reconquista seu lugar como testemunha de vidas.

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