terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O Casamento de Rachel




O filme “O Casamento de Rachel” não é genial, porém não passa despercebido por de quem o assiste. O enredo é o seguinte: Rachel vai se casar, o que é óbvio pelo título, e por essa razão, Kim, sua irmã, sai da clínica de reabilitação para participar do evento.

A volta de Kim ao seio familiar gera constrangimentos constantes, principalmente porque está no ar o não dito, isto é, se percebe que as rusgas veem de momentos da família que o espectador ainda desconhece.

Trata-se, como se vê, de um drama e, em minha opinião, muito interessante. Contudo, senti falta de mais diálogos, fiquei com vontade de saber mais sobre os personagens. Provavelmente, essa falta que me queixo seja, ao mesmo tempo, um elemento atraente, fazendo com que o espectador seja mobilizado a pensar sobre.

Além disso, as discussões inacabadas produzem ainda mais veracidade à dinâmica daquela família, em que as conversas suscitam muitas mágoas do passado, difíceis de processar.

O pai é um sujeito preocupado, tentando abafar a dor que carrega. A mãe, completamente distante e fria, parece renunciar ao papel materno. Rachel é a imagem mais “inteira” do grupo e precisa carregar esse “fardo”. E, por fim, Kim é a que exterioriza os conflitos existentes entre todos, denunciando um problema que eles fingem não ver.

Os amigos que estão presentes nas comemorações possuem o papel de fazer contrapeso ao caos que é a família de Rachel. Eles parecem ser a parte “porto seguro” dos personagens.

Toda família possui seus silêncios e seus segredos. Em “O Casamento de Rachel” somos convidados a conhecer este drama, apresentado sem clichês e outros elementos comuns aos filmes, principalmente os americanos. Ele poderia ser classificado de “a vida como ela é”.

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