sábado, 26 de dezembro de 2009

Crianças que sofrem


Tobert Pasti 123RF

Há vários dias a notícia de um menino de dois anos com dezenas de agulhas no corpo chocou parte da população. O caso, ocorrido na Bahia (agora se sabe de outro no Maranhão), já parece ter culpado: o padrasto da criança, que viveu com a mãe do menino por seis meses. O criminoso ainda acusa duas mulheres, entre elas sua suposta amante, de participarem do crime.

Por um mês, conforme entrevista dada ao Fantástico, no dia 20 de dezembro, o menino foi obrigado a tomar vinho com água e dormindo, sofria a inserção das agulhas em seu pequeno corpo.

O motivo não está claro, atingir a mãe do garoto, ritual religioso, enfim, não há certezas ainda. O que é certo é que é mais um registro de crueldade contra crianças. Não conseguimos, à primeira vista, compreender um caso como esse.

Crimes contra crianças chocam muito, porque é sabido da impotência das vítimas. São coisas que não poderiam acontecer, nunca! Mas acontecem dia após dia em milhares de lares e cenários.

Não há classe social, nem gênero, nem idade: tais crimes são democráticos, podem estar presentes em muitas circunstâncias. Não encontramos ainda uma forma de proteger nossas crianças de barbaridades, porque, afinal, muitas delas são cometidas pelos que deveriam cuidá-las.

A mão que deveria proteger, afagar e amar pode ser a mão que fere e humilha. Algo que não deveria existir, mas existe e não podemos fechar nossos olhos, mesmo que eles chorem com esta realidade.

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