domingo, 27 de dezembro de 2009

Drogas




Andrey Khritin 123RF

Li uma reportagem no jornal Zero Hora dias atrás a respeito de um pai de um dependente químico, que usou da criatividade, e do desespero, para tentar livrar o filho do vício. Cada vez que o rapaz procura o traficante, o último liga para o pai, que vai até o morro, busca o jovem e paga pela droga não consumida. Até mesmo quando ele busca drogas em outros pontos, o traficante denuncia seus passos ao pai que, igualmente, vai lá e resgata o filho.

Sabemos que as drogas afetam não apenas o dependente, mas sua família e seus amigos. O viciado é alguém doente que nem sempre percebe os riscos que corre e o quão está sem autonomia em relação a sua própria vida.

A conversa “se eu quiser, eu paro” é um clichê entre as pessoas que já perderam o livre-arbítrio, mas negam tal realidade. Ainda acreditam que têm o controle de suas vidas, quando, na verdade, estão possuídas pelo desejo de consumir cigarro, álcool, cocaína, crack etc.

Infelizmente o tratamento não é muito eficaz. Muitos dependentes recaem, todavia vale a pena o investimento e a união familiar para lidar com esse problema. Afinal, há tantos que vencem a dependência. Os familiares podem ficar doentes também e sofrem, tal como o usuário.

Compreender as causas do vício pode ser importante para que haja um acompanhamento terapêutico adequado, mas a primeira atitude é aceitar a situação, mesmo que se sofra muito, é preciso agir racionalmente e com bom senso.

Os grupos como Narcóticos Anônimos podem ser muito eficientes. Eles oferecem grande suporte não apenas para o dependente químico, mas também para os seus familiares. Apesar de ser um problema que atinja determinadas famílias, suas consequências afetam toda a sociedade.



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