segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Fazer o certo


Tetyana Kulikova 123RF

Percebo que fazer o certo é algo em extinção. Você sente o mesmo? Nem estou pensando no pessoal de Brasília, deles a mídia fala bastante. Penso em falar sobre o que via quase diariamente e agora de volta, continuo a ver.

Por exemplo, estou às 14h em uma determinada esquina, aguardando o sinal verde para seguir o carro. Um cidadão ao meu lado resolve achar que é do seu direito avançar, afinal de contas, não vem ninguém na rua da outra sinaleira, nenhum transeunte, por que não ir?

Ora, porque não é o certo! O problema está que muitos creem que podem burlar, afinal o que é que tem? É só um semáforo, sem ninguém que corra risco de atropelamento nem de colisão com outro carro, ok então.

Ok coisa nenhuma! Sei que estou fazendo o papel de superego, mas me chama muito a atenção as pessoas não mais ligarem para o certo, como se fosse coisa para otários. Como se não fizesse sentido as regras sociais, como no caso, as do trânsito.

Como quase tudo na vida, há exceções, duas da manhã, numa rua deserta, você fica com medo e talvez não espere o sinal abrir. A criminalidade justifica tal infração. Assim, penso que é mais fácil de aceitar.

O que as pessoas não se dão conta é que essas pequenas infrações são igualmente infrações. Tudo bem, não se está roubando merenda de crianças carentes, mas de qualquer forma, se está fazendo algo errado.

Fazer o certo porque é o certo, porque é assim que se espera que se faça está valendo muito pouco hoje. Infelizmente. Acho quase impossível haver alguém que não cometa um erro. Isso pode acontecer. Seja não parar na faixa para o pedestre passar, seja ultrapassar o limite de velocidade ou avançar o sinal ou ir na contramão, quando “ninguém” está vendo.

Apesar disso, muitos dos casos não têm justificativas plausíveis, faz parte do “jeitinho brasileiro”. Aí é sacanagem pura. Seria muito legal se a gente tentasse diminuir tudo isso e acreditasse que fazer o certo é o melhor a fazer.

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