Parte I
O Dia das crianças é reconhecido pela UNICEF a cada 20 de novembro, data na qual foi oficializada a Declaração dos Direitos da Criança, em 1959. O Brasil adiantou-se e, em novembro de 1924, editou o Decreto nº 4867, que instituiu o Dia das crianças em 12 de outubro.
A comemoração só “pegou” mesmo trinta anos depois, a partir de uma campanha empreendida por duas fábricas: uma de brinquedos e outra de produtos de higiene infantil. Assim, facilmente se percebe a força comercial da data. Não que nossas crianças não mereçam, longe disso! Afinal, é um dia para homenageá-las. Nada mais justo, já que há um dia dedicado às mães, outro aos pais, tem o dia do índio, dia da independência do Brasil e assim vai.
O que eu acho que seria muito justo seria também uma comemoração para o dia do filho. Após certa idade, naturalmente, eu perdi a data do dia das crianças; consegui ainda ir até adolescência, provavelmente por compaixão dos meus pais ou por eu ter sido a filha caçula mesmo.
Na faculdade, não havia como sustentar o privilégio. Como explicar que não era mais criança, podendo, então, morar longe de casa e, ao mesmo tempo, requerer o presente do dia 12? Precisei renunciar e com o tempo, acabei me conformando sem qualquer trauma.
Assim, o meu “dia das crianças” é destinado aos meus sobrinhos. E lá no fundinho há um pouco de mim, ainda pequena, que não precisa mais dos presentes, apenas da alegria e da memória de um dia ter sido criança.
Parte II
Minha sobrinha tem quatro anos. Como toda criança nesta idade é criativa em suas brincadeiras. Uma certa manhã, convidou as gurias que trabalham em sua casa para uma “reunião” às 11:30. Várias vezes perguntou que horas eram, para não perder a hora, visto que ainda não sabe ver por sua própria conta.
Na hora marcada, distribuiu banquinhos na sala e convidou as gurias para sentar. Ofereceu um chá de brincadeira e com muita naturalidade revelou a pauta da “reunião”. Seria sobre os filhos das gurias, as escolas em que estudam, as professoras que eles têm, os nomes etc.
Após a conversa, no fim do encontro, minha sobrinha disse que na próxima manhã, no mesmo horário haveria mais outra “reunião”, cujo tema seria os maridos das gurias.
As gurias participaram com um sorriso no rosto, encantadas por aquela criaturinha de 1m10cm que presidia uma reunião, como se fosse diretora da Petrobrás. Tudo com muito “profissionalismo”.
Bem, no dia seguinte ela teve aula de ballet, compromisso que nunca falta e não houve a tal “reunião”, para tristeza de nós, adultos, que queriam mais uma atuação infantil peculiar para saborear.
Conto esse fato para comemorar o Dia das Crianças, um dia em que é feriado, por causa da padroeira do Brasil, mas quando a gente é criança, jura que é por causa do nosso dia.
O dia da criança, para nós adultos, serve para homenagearmos nossos pequenos, que em meio a preocupações, cuidados ostensivos e paciência de monge que nos exigem, também dão muita cor ao nosso dia a dia e nos fazem ver a vida com mais esperança.
Querida Li, eu passei o meu primeiro dia das crianças com a minha sobrinha linda, Isabela, que tem 6 meses! Apesar de muito pequena, e nem ter noção da data... Valeu pela alegria! Fico imaginando que se essas criaturinhas continuarem a evoluir dessa forma, nossos filhos serão verdadeiros precoces em tudo!! Fico admirada com a destreza, criatividade e desenvoltura com tão pouca idade!! Fiquei imaginando a pequena Mimi me convocando para uma reunião!! Hehehehe
ResponderExcluirLiiii, é verdade!!! Quando eu era criança eu jurava que era feriado por nossa causa!!!!
ResponderExcluirAh, olha só, não sei se será motivo de inveja ou de pena, mas eu ganhei presentinho de dia das crianças..... rsrsrs
Minha sobrinha faz 4 anos em dezembro e já estamos vendo que ela vai ser uma gerente e alguma grande empresa.
ResponderExcluirLiana, me informa teu e-mail para te convidarmos a um debate sobre blogs de psicólogos.
Francisco, sotovidal@yahoo.com.br