sábado, 31 de outubro de 2009

Gostosuras ou Travessuras?


Ruslan Zalivan 123RF

Nunca fui adepta ao Halloween. Afinal é uma data que não faz parte do calendário brasileiro, apesar de que cada vez mais está sendo praticado e não somente em escolas de idiomas. Agora, morando aqui na Inglaterra, me chama a atenção a dedicação das lojas para a data. O supermercado, por exemplo, com uma montanha de abóboras disponível para os clientes, além dos mais variados acessórios e fantasias para hoje.

Apesar de os Estados Unidos terem popularizado esta tradição, a origem é do povo celta, que viveu há mais de dois mil anos no Reino Unido e na França. A ideia era marcar o final do verão, entre as datas 30 de outubro e 02 de novembro e o início de um novo ano.

A forma como se vive esse dia possui duas origens, a pagã, que tinha o dia 31 de outubro, o dia dos mortos, uma das datas mais importantes. Acreditava-se que neste dia os vivos e os mortos ficavam mais próximos. Pensava-se o lugar dos mortos como um local tomado pela felicidade e alegria, e em tal dia, seus residentes iriam visitar e guiar seus parentes vivos. Para isso, antigos sacerdotes serviam de médiuns nesse ritual de comunicação. Da mesma forma, se acreditava que as “almas perdidas” buscariam corpos vivos para possuírem. Assim, nasceu o uso de fantasias para assustar os espíritos e também o ritual com os sacerdotes servia para acalmar os “espíritos mais revoltados”.

A origem católica diz que o primeiro dia do mês de novembro é o Dia de Todos os Santos. O dia 31 seria destinado à preparação e vigília de tal celebração. Na língua inglesa, esta vigília foi chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), alterando sua nomenclatura algumas vezes até chegar a Halloween.

O termo “Dia das bruxas” é empregado pelos países de língua portuguesa. Crê-se que não apenas os fantasmas nos visitem em tal dia, mas também outros seres místicos como duendes, bruxas e fadas.

Há muitas lendas em torno do dia 31 de outubro. Por isso não se sabe exatamente o que é verdade ou não. Em meio a tanta disposição das crianças de participar de tal celebração, o “verdadeiro” se torna menor e o que importa mesmo é ter esse dia como uma homenagem à perpetuação dessa tradição.

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